Por Jaqueline Stori – 10/06/2020
A alegria, a felicidade, a paz interior, a serenidade, a tranqüilidade e o prazer em viver, são sentimentos permanentes e incomum a todos. Uns tem e sentem tais sensações e emoções conforme a fase pelas quais passam. Outros, independente das circunstâncias, os têm em permanência. Claro que o ideal é ter constante alegria independente dos fatos. Até porque, a energia pertinente da felicidade tem o poder de criar uma atmosfera positiva que contagia outros e outros e outros… e assim vai se formando uma teia de contágio que proporciona as melhores sensações e emoções oriundas do estado da felicidade.
A arte sempre apresentou para o público as mais variadas faces, fases, lados e visões sobre a vida, o mundo e o ser humano. Cada artista, cada gênero e cada linguagem artística, sempre expressam o que vêem e o que sentem. Ou, em alguns casos, as obras artísticas esboçam algum manifesto em relação à contrariedade do cenário político e social vivido. O fato, é que independente da fase, contexto e conceito, a felicidade é o sentimento primordial para que todos vivam bem não só individualmente, mas também coletivamente.
Obra Days Happiness, do artista Dennis Esteves.
É a felicidade que nos arranca os mais largos e verdadeiros sorrisos, é quem puxa o sentimento da gratidão, é quem puxa o sentimento da persistência, da criatividade, dos bons resultados, da cura física e mental. Quando tomados pela alegria, tudo é bonito, tudo é bom, tudo tem riqueza, tem luz, tem paz, tem harmonia e tem graça. Sem dúvida, a alegria é o mote da junção de tudo o que há de melhor em termos de sentimentos!
E, em tempos tão difíceis e tristes pelo qual todo o mundo vem atravessando por conta de uma pandemia, onde muitas são as dúvidas de quando e como vamos sair dessa catastrófica situação, a alegria torna-se um elemento fundamental para continuarmos seguindo em frente, lutarmos pelo melhor e realizarmos novos começos com mais entusiasmo e confiança na vida e na sábia e benevolente Mãe Natureza. Entre as diversas estruturas existentes inclusas no contexto de elevação, educação, conhecimento, participação, informação, prazer, entretenimento e interação, estão as estruturas das artes e da cultura. Em suas diferentes e variadas linguagens, a arte sempre entra e participa de todos os processos pelos quais o ser humano passou, passa e passará. Algumas obras de arte são realizadas para serem mortais no que diz respeito à materialidade, terminando em um determinado ciclo para recomeçar em outro de forma renovada, atualizada e aprimorada. Outras obras são realizadas para atravessarem o tempo porque seu conceito insere-se em todos os contextos históricos e políticos. Porém, todas possuem uma coisa em comum: sua imaterialidade que é atemporal.
Obra Summertime, do artista Dennis Esteves.
Dentro de tempos atuais difíceis, tristes e ainda incertos, a arte vai conseguindo manter-se elevando o ser humano. Para competir com a triste realidade pela qual a humanidade atravessa temos ela como escudo e como um bálsamo que nos alivia, nos conforta, nos anestesia e nos traz esperança de uma nova realidade com mais alegria, força e amor.
Dentro deste contexto, diversos artistas, através de suas obras, nos contemplam com inúmeras sensações e emoções. E para um período sem respostas, sombrio e incerto, a certeza que nos lembra, que nos leva e nos mostra que temos tudo para sermos felicidade mesmo diante das adversidades: as pinturas magnificamente alegres do grande e conceituado artista visual Dennis Esteves.
Nascido na cidade de Santo André, ABC Paulista, Dennis Esteves desenvolveu sua arte desde muito pequeno. Aos cinco anos de idade já apresentava seu dom artístico mostrando habilidade na arte do desenho. O artista nos contou que desenhou praticamente toda sua infância até a adolescência: eu só desenhava. Não tinha interesse na pintura. Meus desenhos eram feitos com lápis, carvão e até caneta esferográfica. Lembro-me que quando criança muitas vezes deixava de brincar na rua com meus amiguinhos, para ficar em casa desenhando. No fundo, o desenho era para mim também uma brincadeira, confessou ele.
Em seu Espaço e Ateliê, Dennis Esteves.
Já na sua adolescência freqüentou o Ateliê do grande artista plástico Adélio Sarro. Esta freqüência fez com que Dennis Esteves se interessasse pela pintura. O artista disse que Adélio Sarro não dava aulas de arte, mas permitia que freqüentassem seu Ateliê para que assim pudessem observar sua maneira de trabalho e criação. Com isso, Dennis Esteves foi observando e aprendendo a arte de pintar: eu fazia meus desenhos e Adélio ia me dando uma dica ou outra e assim fui me aperfeiçoando e também mergulhando no mundo das cores que até então eu não as aplicava em meus desenhos, pois achava que me tomariam muito tempo. Adorava era desenhar! Meu foco era somente o desenho, relatou ele.
Aos quatorze anos de idade o artista realizou sua primeira Exposição. Porém, não deu continuidade a este lado mercadológico comercial da arte, tendo ficado sem realizar outras Exposições até seus dezessete anos. A partir dessa idade o artista volta ao circuito comercial e começa a realizar Exposições esporádicas. De família de pais artistas, Dennis Esteves viveu e desenvolveu seus dons artísticos incentivado por sua mãe bailarina e pelo curto incentivo e lembranças dos ensinamentos também de seu pai, que infelizmente faleceu quando o artista tinha somente três anos de idade. Crescendo no meio dessa atmosfera teve sua formação cultural em torno da arte. Com seu dom natural, incentivo dos pais, aprendizado e grande influência do artista Adélio Sarro, Dennis Esteves inicia sua trajetória no campo profissional como autodidata explorando seu potencial e criatividade.
Obra Leo On The Besch, do artista Dennis Esteves.
Em suas obras o artista extrai o que há de melhor na vida e no cotidiano das pessoas: o amor, a ternura, a felicidade, a liberdade, o prazer do desfrute de bons momentos, em diversos cenários e personagens. Nas obras de Dennis Esteves, encontramos as mais variadas cenas do cotidiano humano, dentro do conceito da felicidade. O artista usa elementos urbanos, interioranos, folclóricos e culturais, de diferentes partes do mundo e do Brasil. Ele coloca seus personagens em experiências alegres e prazerosas de se viver. Todos os personagens carregam semblantes de felicidade! São momentos bons divididos e vividos em família, com amigos, entre casais e também consigo mesmo. Vemos em suas obras cenas que proporcionam para as pessoas os prazeres e a relevância de viver bem em grupo, individualmente e em comunhão com a cidade, com o campo e a natureza.
Telas que possuem um único personagem cheirando uma flor, onde este ato lhe traz uma satisfação e alegria em poder sentir, ver e desfrutar do perfume dessa flor. Outras com casais desfrutando de momentos vistos e considerados “banais”, como um jantar a dois ou uma dança por exemplo, mas que nos fazem refletir que a simplicidade é uma das maiores fontes de felicidade. Sentir o aroma de uma comida, andar de bicicleta, dançar, tocar algum instrumento, fazer uma prece, trabalhar no campo, tomar um chimarrão, viajar, regar uma planta e mais as milhares de outras coisas que fazemos no dia a dia, e que infelizmente nem passamos mais a olhar essas essências primordiais na construção do bem viver, devido à agitação e problemas ocasionados por diversos fatores.
Obra Picasso Ao Luar, do artista Dennis Esteves.
As obras do artista ao serem contempladas nos remetem às lembranças do passado, presente e futuro, dentro do conceito da felicidade e bem estar. Arte feita em óleo sobre tela, possuidora de uma estética com desenhos em formas geométricas, com traços característicos do gênero cubista e paleta de cor variada, em tons vibrantes, fortes e quentes, mas que ao mesmo tempo deixa seus personagens em ambientes leves, assim como as boas coisas da vida. Não é questão de fantasiar a realidade. Ao contrário, é justamente sobrepor o lado triste, mostrando também o lado da alegria. Mostrando que existe a felicidade e que esta é muito melhor que a tristeza!
Dennis Esteves nos falou que quando começou a freqüentar galerias de arte, antes da sua arte estar amadurecida, observava as obras expostas de outros artistas, e buscava uma temática que expressasse leveza e algo bom. Apreciador e fã de desenhos animados e dos cartoons de Ziraldo (um de seus maiores influenciadores junto à Sarro), e também dono de uma personalidade otimista, resolveu fazer a junção do gosto pelo cartoon com seu otimismo para criar a temática da sua arte e desenvolver seus personagens, cenários, conceitos e contextos.
Não é a toa que alegria e felicidade são contagiantes, e que junto ao talento e criatividade elas se vão mundo afora. A arte de Dennis Esteves, já foi exposta em mais de cem Exposições Coletivas e individuais, viajando pelo Brasil e pelo mundo. Esta arte marcante e alegre, já esteve em diversos países como Suíça, França, Espanha, Inglaterra, EUA entre outros. Em seu Estado São Paulo, já realizou várias e em especial a individual no Museu Brasileiro De Esculturas (MUBE).
Nos seus 30 anos de carreira com mais de uma centena de Exposições realizadas no Brasil e no mundo, a arte de Dennis Esteves circula entre nós mostrando e provando que a simplicidade é permeada de felicidade e que não precisamos de coisas extraordinárias para nos sentirmos e sermos felizes: basta estarmos abertos as pequenas grandes coisas da vida!
Viva Cultura!: Dennis, muito obrigada pela oportunidade em podermos divulgar e mostrar sua arte!
Dennis Esteves: Obrigado a Viva Cultura Revista Digital por divulgar e fomentar arte brasileira.
SERVIÇO: todas as informações sobre a arte de Dennis Esteves em:
NOTA: todas as imagens gentilmente cedidas pelo artista.
