Arte em Exposição

‘Palace II’: documentário sobre a tragédia do prédio na Barra da Tijuca estreia em 18 de julho no Rio de Janeiro.

Cartaz

Há 21 anos, na madrugada de 22 de fevereiro de 1998, o edifício Palace II, na Barra da Tijuca, desmoronou sob o olhar incrédulo e desesperado dos moradores que conseguiram abandonar o prédio às pressas. Oito pessoas morreram.  O trailer do filme ‘Palace II – 3 quartos com vista para o mar’ antecipa o que o público testemunhará sobre a tragédia criminosa que segue sem um desfecho até hoje. Exibido no Festival do Rio, o documentário de Rafael Machado estreia nas telas de cinema do Rio, em 18 de julho.

Famílias de classe média investiram tudo o que tinham para a realização do sonho de morar num apartamento próprio de “3 quartos com vista para o mar”, no bairro ao longo da bela praia, no Rio de Janeiro. Da noite para o dia, literalmente, se viram sem nada, só com a roupa do corpo. Além de terem que conviver com a dor das perdas e os traumas, tiveram que travar uma disputa judicial perversa contra a construtora Sersan, do então deputado federal Sérgio Naya, que nunca assumiu a responsabilidade pelo desastre e muito menos se sensibilizou com o sofrimento das 170 famílias.

‘Palace II’ busca dar voz às vítimas que seguem sem resposta. O filme retrata desde o momento em que os moradores percebem que o prédio está desabando, e segue a trajetória das vítimas ao longo desses mais de 20 anos, por meio de depoimentos atuais e materiais de acervo da TV Globo.  Além disso, aborda os graves problemas de engenharia ocorridos e escancara a questão política e de poder que impede a definição da sentença judicial e o pagamento integral das indenizações.

Sergio Naya (centro), dono da construtora SERSAN responsável pela tragédia.

Realizado pela Viralata Produções em coprodução com a Globo Filmes, GloboNews e Urca Filmes, “Palace II – 3  quartos com vista para o mar” tem distribuição da  Pagu Pictures.

SINOPSE:

Na madrugada de 22 de fevereiro de 1998, parte do prédio Palace II desabou no Rio de Janeiro, deixando 8 mortos e mais de 170 famílias desabrigadas. O prédio foi planejado pela construtora brasileira SERSAN, empresa do então deputado federal Sérgio Naya. Na época, inúmeras denúncias de má qualidade do material e erros de cálculo no projeto foram relatadas. Hoje, passados mais de 20 anos, a maior parte dos ex-moradores não recebeu a indenização a que tem direito. Sérgio Naya não foi condenado e faleceu em 2009, deixando milhões em dívidas e o maior processo civil da América Latina. Esta é uma das maiores tragédias na história da engenharia civil brasileira e um marco histórico da impunidade no país.

Manifestantes da tragédia.

FICHA TÉCNICA:

Direção: Rafael Machado
Produção: Gabriel Correa e Castro
Direção de Produção: Elisa Petry
Coprodução: Urca Filmes, Globo Filmes, GloboNews
Roteiro: Paulo Fontenelle
Direção de Fotografia: Raul Tamayo
Montagem: Bruno Miod
Distribuição: Pagu Pictures

Leave a Comment