Por Redação – 25/04/2023
Exposição individual do artista reúne obras do seu repertório visual ao longo dos últimos 15 anos e trabalhos inéditos feitos especialmente para a mostra.
O passado do Brasil e a sua fonte de questionamentos sobre o atual contexto político, social e cultural são apresentados por Jaime Lauriano na sua exposição individual “Aqui é o Fim do Mundo”, que inaugura na sexta-feira, dia 28 de abril, no Museu de Arte do Rio. Cumprindo o papel de artista-historiador Lauriano apresenta no MAR esculturas, vídeos, desenhos e intervenções que revisitam símbolos, signos e mitos formadores do imaginário da sociedade brasileira. Essa é uma exposição panorâmica que celebra os 15 anos de carreira do artista. “Essa mostra acontece no momento que ele percebe sua produção bem mais madura, com mais complexidade nos temas abordados e no uso de materiais”, observou ele.
Com a curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan, Amanda Rezende, Jean Carlos Azuos e Thayná Trindade, a exposição “Aqui é o Fim do Mundo”, perpassa diretamente pelos signos do nacionalismo. “Jaime Lauriano vai sempre observar imagens da nossa história, sejam pinturas históricas, ilustrações, símbolos como a própria bandeira, a pedra portuguesa, etc. Ele observa o grau de colonialidade que esses materiais carregam, ele vai fazer intervenções, alterações. A importância do Jaime Lauriano para a arte contemporânea é justamente fazer o que a gente chama de decolonialidade, que se dê diretamente relacionada aos cânones, eles construíram e inventaram os heróis, os símbolos e ele vai observar esse lugar e propor novas relações. Jaime Lauriano vai contar a história que muitas vezes não foi contada”, comenta Marcelo Campos, Curador Chefe do MAR.
Lauriano aborda as formas de violência cotidiana que desdobram-se ao longo da história brasileira. Nesse sentido, o artista se debruça sobre os traumas históricos de nossa cultura. “Receber a exposição “Aqui é o Fim do Mundo”, no Museu de Arte do Rio é cumprir com o nosso compromisso de buscar artistas que estejam produzindo uma revisão e reelaboração coletiva da história do Brasil. Além disso, Lauriano tensiona o público a partir de proposições críticas capazes de revelar as estruturas do nosso país”, avalia Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.
SERVIÇO:
- Abertura: 28/04/23 às 16:30h
- Quinta-feira, Sexta-feira, Sábado, Domingo das 11:00h às 17:00h
- Museu de Arte do Rio – Praça Mauá, 5 – Rio de Janeiro
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