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Paraty (RJ) inicia Inventário Nacional de Referências Culturais em comunidades tradicionais

Foto: Divulgação

Por Redação – 21/08/2024

 

Atividade é parceria entre Iphan, Fiocruz, OTSS e Fórum de Comunidades Tradicionais

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou, entre os dias 1º e 2 de agosto, em Paraty (RJ), o Encontro de formação do Projeto Patrimônios Vivos.  A ação foi realizada em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS) e o Fórum de Comunidades Tradicionais Angra-Paraty-Ubatuba. A atividade dá início ao projeto piloto de utilização da nova versão digital do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) para identificar as expressões culturais de 15 comunidades tradicionais do sul de Paraty que integram o Sítio Misto Cultura e Biodiversidade – Patrimônio da Humanidade. 

Considerado um dos mais importantes instrumentos de salvaguarda do Patrimônio Cultural, o INRC promove a produção de conhecimento sobre bens culturais de natureza imaterial e material de forma participativa, a partir dos pontos de vista das próprias comunidades. Serão inventariadas, inicialmente, as seguintes comunidades tradicionais: Aldeias Araponga e Itaxi Mirim, Quilombo do Campinho e comunidades caiçaras de Paraty Mirim, Praia Grande da Cajaíba, Calhaus, Pouso do Cajaíba, Saco da Sardinha, Saco Claro, Juatinga, Martim de Sá, Saco das Anchovas, Cairuçu das Pedras, Ponta Negra e Praia do Sono. 

“Esperamos que esse formato seja mais acessível para as comunidades, já que todo o esforço de transformação das estruturas do INRC realizado nos últimos anos, inclusive disponibilizando o novo sistema online, buscou dar ao Inventário os meios para que ele fosse cada vez mais utilizado diretamente pelos detentores das referências culturais em seus territórios”, avalia o coordenador de Identificação do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Pedro Clerot. “As comunidades, juntamente com seus parceiros locais, poderão produzir informação diretamente no sistema, de maneira mais simples e intuitiva e tornando esses conhecimentos acessíveis a todos, pela internet”, completa. 

“Realizar o INRC com as comunidades tradicionais é considerá-las as principais intérpretes de seus patrimônios. Entendemos que a preservação do Patrimônio Cultural só é legítima quando passa a ser uma atividade que integra os detentores dos conhecimentos como agentes da preservação, promovendo o desenvolvimento de uma política pública inclusiva e com participação social”, pontua a assessora da Coordenação de Justiça Socioambiental do OTSS, Helena Tavares Gonçalves. 

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