Por Redação – 26/01/2024
PARCERIA PROMOVERÁ O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES E EXPERIÊNCIAS ENTRE AS INSTITUIÇÕES E O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS EM CONJUNTO
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura – firmou, na última sexta-feira (08/11), acordo de cooperação técnico-científica e cultural com o Museu Nacional (MN). O acordo foi assinado na sede da FBN, pelo presidente da instituição, Marco Lucchesi, juntamente com o diretor do MN, Alexander Kellner.
O acordo possibilitará a execução de ações, programas, projetos e atividades de interesse comum – compatíveis com os propósitos e competências das instituições – bem como a interação entre os quadros funcionais através de criação e dinamização de redes ou canais de comunicação, iniciativas de cooperação e intercâmbio de conhecimentos, informações e experiências.
“Trata-se de uma perspectiva cidadã, marcada pela guarda e difusão da memória. No específico, a BN ajudará na recuperação de algumas peças feridas pelo incêndio no museu, a partir do acervo fotográfico de Marc Ferrez – cujos 180 anos de nascimento completados este ano representam outro motivo de júbilo. Mais uma vez conta, fundamentalmente, a sinergia das instituições republicanas: aproximá-las e fortalece-las é apostar no vínculo da cultura e no rigor inafastável da democracia”, afirma o presidente da FBN, Marco Lucchesi.
Relíquias egípcias
Em meados deste ano, a equipe do Laboratório de Egiptologia do MN conseguiu identificar no acervo iconográfico da Biblioteca Nacional (BN), com a ajuda da equipe da BN, imagens de relíquias egípcias. São fotos tiradas por Marc Ferrez, no final do século XIX, de estelas (tabuletas de pedra com hieróglifos) que foram destruídas ou danificadas durante o incêndio. A equipe do MN acredita que estes sejam os únicos registros documentais das estelas.
Também foram identificadas no acervo da BN, pelos egiptólogos do Museu Nacional, obras pouco conhecidas. Algumas delas possivelmente são calques de relevos parietais de inscrições de construções no Egito. Os calques são feitos com um papel específico em uma superfície de baixo ou alto relevo para capturar detalhes dos desenhos e sua análise envolve estudos de Epigrafia. Ou seja, são obras inéditas e de interesse dos pesquisadores do MN, já que são raríssimas e foram adquiridas por D. Pedro II em sua primeira viagem ao Egito.
Devido ao interesse em aprofundar os estudos sobre as obras únicas de temática egípcia, o Laboratório de Egiptologia fez um convite à Biblioteca Nacional para retribuir a visita e estreitar os laços entre as duas instituições. A partir do convite, as instituições firmaram o acordo de cooperação, assinado na última sexta.