Por Redação – 20/04/2022
A primeira Bienal Internacional de Arte do mundo — e que serviu de modelo para diversas mostras semelhantes, como a de São Paulo—, chega à sua 59° edição este ano.
A Bienal que tradicionalmente é dividida em dois eventos que ocorrem em paralelo e que, em uma medida, se integram: a exposição principal, idealizada pelo curador da Bienal de Veneza, e as exposições nacionais, com curadorias definidas pelos países convidados ou por instituições responsáveis pelos respectivos pavilhões, é referência mundial em arte contemporânea e como tal, tem o poder de traçar um direcionamento de para onde vai este mercado, devido a a presentação das principais tendências intelectuais e estéticas de diversos artistas de todo o mundo, além de evidenciar questões sócioculturais que estão em debate no tempo presente.
Nesta edição, o pavilhão do Brasil é representado pelo artista visual Jonathas Andrade, considerado um dos artistas mais representativos de sua geração. A proposta para o Pavilhão do Brasil parte do profundo interesse do artista por refletir sobre a formação e as idiossincrasias do povo brasileiro, considerando episódios e processos históricos.
Jonathas, leva para o pavilhão a instalação inédita chamada de “Com o Coração Saindo Pela Boca”, composta por impressões fotográficas, esculturas e vídeos, e a inspiração vem de expressões populares no Brasil que utilizam partes do corpo humano, como por exemplo “nó na garganta”, “olho do furacão” e, claro, “entrar por um ouvido e sair pelo outro”.
Participação brasileira
A prerrogativa da Fundação Bienal de São Paulo na realização da representação oficial do Brasil na 59ª Mostra Internacional de Arte da Bienal de Veneza é fruto de uma parceria com a Secretaria Especial da Cultura, responsável pelo desenvolvimento da política de intercâmbio cultural do país. As participações brasileiras nas Bienais de Arte e Arquitetura de Veneza ocorrem no Pavilhão do Brasil, construído em 1964 a partir de um projeto de Henrique Mindlin e mantido pelo Ministério das Relações Exteriores.
Livro de ensaios Bienal de São Paulo desde 1951
A Bienal de São Paulo, a segunda mais antiga do mundo (atrás apenas da Bienal de Veneza), está em fase comemorativa: ano passado, completaram-se 70 anos de realização da exposição (em 2023 será realizada a 35ª Bienal de São Paulo, conheça abaixo os curadores da próxima edição) e, neste ano, são celebrados 60 anos da Fundação Bienal.
Como parte das comemorações, a Fundação Bienal de São Paulo lançou em março o livro de ensaios Bienal de São Paulo desde 1951, organizado por Paulo Miyada, que foi curador-adjunto da 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto. Colaboraram com a obra pesquisadores, críticos e artistas de formação diversa. Cada autor abordou um momento da história das bienais de modo ensaístico e crítico. Além dos textos, o livro conta ainda com uma pesquisa elaborada de imagens, muitas delas inéditas, colhidas do Arquivo Wanda Svevo, da própria Fundação Bienal e de outras fontes. O livro será lançado em inglês durante a 59ª Biennale.
SERVIÇO:
Pavilhão do Brasil na 59ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia
Comissário:José Olympio da Veiga Pereira, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Curadoria: Jacopo Crivelli Visconti
Participante: Jonathas de Andrade
Local:Pavilhão do Brasil
Endereço: Giardini Napoleonici di Castello, Padiglione Brasile, 30122, Veneza, Itália
Data:23 de abril a 27 de novembro de 2022
PRESTIGIE A ARTE BRASILEIRA!
Fonte: Fundação Bienal De São Paulo.