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ArtRio terá artistas fazendo trabalho ao vivo pelo canal Curta!

Luiz Philippe / Ateliê Aberto

Por Redação – 06/09/2023

 

O Canal Curta! marca presença na 13ª edição da ArtRio com o Programa Ateliê Aberto, que convida artistas consagrados ou em ascensão para realizar trabalhos ao vivo, diante do público do evento, como pinturas e esculturas. O elenco deste ano é composto por Efrain Almeida (Galeria Fortes D’Aloia & Gabriel), Jeane Terra (Galeria Anita Schwartz), Julia Debasse (Galeria Portas Vilaseca), Miguel Afa (Galeria Nonada) e Bea Machado (artista independente). Cada um deles se apresentará durante um dia da feira, que acontece de 13 a 17 de setembro, na Marina da Glória.

Abrindo o Ateliê Aberto, no dia 13/09, Jeane Terra trabalhará numa obra que, a partir do dia seguinte, quinta-feira, poderá ser vista no Jardim das Esculturas da ArtRio, na área externa do evento. Com o título “Mekong”, a obra terá como suporte um pedaço de parede de 1,50×0,70m. Usando uma talhadeira, ela escavará a rota do Rio Mekong, situado no sudeste da Ásia, e cobrirá o sulco com folhas de ouro. A artista visitou países como Laos, Vietnã e Camboja e ficou impressionada com a deterioração daquele rio para a construção de hidrelétricas, daí o impulso de trazer essa questão para sua arte.

No dia 14/09, Bea Machado se apresentará com uma tela de 1,70×1,30m, intitulada “Por ser de lá”. Lidando com temas como luto e estética suburbana, ela traz elementos como um vaso cheio de espadas de São Jorge, uma cadeira vazia e caquinhos de cerâmica. No dia 15/09, sexta-feira, Julia Debasse chega com uma tela monumental, de 4,20×2,90m, já iniciada em seu próprio ateliê e ainda sem título. Sobre um fundo que evoca um céu (ou um mar) vermelho, pululam figuras de uma fauna fantástica que é uma das marcas registradas da artista. No sábado, Miguel Afa se debruça sobre pinturas em pequeno formato, com cerca de 30x30cm, baseadas em frames do filme “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, de Barry Jenkins. Encerrando a programação, no dia domingo, Efrain Almeida vai demonstrar seu processo de criação de esculturas de pássaros.

Esta é a quarta edição do Ateliê Aberto, que já recebeu nomes como Anna Bella Geiger, Victor Arruda, Márcia Falcão, David Almeida, Pedro Carneiro, Bel Barcellos, Maria Antonia, Luiz Philippe e Ana Durães, entre outros. A curadoria é assinada por Eduardo Fradkin, coordenador de jornalismo do canal Curta!. As participações dos artistas são documentadas em reportagens que vão ao ar no Curta! nas semanas posteriores à ArtRio.

Confira a agenda do Ateliê Aberto 2023 e os artistas participantes:

JEANE TERRA – QUARTA-FEIRA, DIA 13/09, DAS 15H ÀS 20H

Nascida em Minas Gerais, Jeane Terra vive e trabalha no Rio de Janeiro. Ela pesquisa as subjetividades da memória, as nuances da transitoriedade das cidades, os destroços, o apagamento urbano e o crescimento desenfreado das urbes. O trabalho da artista se desenvolve nos suportes de pintura, escultura, fotografia e videoarte. Realizou exposições individuais no Centro Cultural Correios (em unidades do Rio de Janeiro e de Juiz de Fora), na galeria Simone Cadinelli, na AB Galeria, na Cidade das Artes e na Galeria de Arte Sesi Minas. Sua obra faz parte das coleções do Museu de Arte do Rio e do Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro.

Jeane Terra, QUINTA-FEIRA, DIA 14/09, DAS 15H ÀS 20H

BEA MACHADO – QUINTA-FEIRA, DIA 14/09, DAS 15H ÀS 20H

artista visual, nascida e criada em Bangu, subúrbio do Rio de Janeiro. É especialista em Epistemologias do Sul pelo CLACSO e, atualmente, cursa pintura na Escola de Belas Artes da UFRJ. O trabalho de Bea Machado se debruça sobre o subúrbio carioca, o ser suburbano e a sua relação com a cidade e os símbolos que contam suas histórias. Ela fez residência artística na Casa da Escada Colorida e participou de exposições coletivas na Bacorejo, na Casa Bicho, na Ladeira das Artes e na Mostra Noix. No carnaval de 2023, elaborou uma bandeira usada no desfile da escola de samba Grande Rio.

Bea Machado

JULIA DEBASSE – SEXTA-FEIRA, DIA 15/09, DAS 16H ÀS 21H

Em seus trabalhos, Julia explora narrativas que combinam referências à “baixa” e à “alta cultura”. Por meio da pintura e do desenho, e do uso de suportes diversos – que incluem papelāo, madeirite, entre outros objetos incomuns -, a artista busca eliminar os espaços supostamente existentes entre essas esferas. Em sua produção mais recente, vem reunindo figuras e situações extraordinárias que confirmam a dimensão alucinatória do seu projeto de fabular. Julia fez exposições individuais no Oi Futuro Flamengo (atual Futuros -Arte e Tecnologia), nas galerias Portas Vilaseca e Artur Fidalgo e no Museu de Arte Postal, com curadores como Marcos Chaves e Alberto Saraiva. Foi indicada ao Prêmio Pipa em 2022. Sua obra está na Coleção Institucional MAC – Museu Dragão do Mar, na Pinacoteca do Ceará e no Instituto Inhotim.

Julia Debasse

MIGUEL AFA – SÁBADO, DIA 16/09, DAS 17H ÀS 20H

Miguel Afa vive e trabalha no Rio de Janeiro. Iniciou sua trajetória por meio do grafite, em 2001, nas ruas e becos do Complexo do Alemão, e frequentou a Escola de Belas Artes da UFRJ. Seu trabalho aborda uma leitura sobre o corpo periférico, contrapondo os aspectos desfavoráveis aos quais esses corpos são submetidos e propondo outra leitura imagética que potencializa o entendimento de afeto. Sua paleta de cores terrosas é um componente fundamental na sua composição. Miguel participou da exposição coletiva “Paura”, na ERA Gallery, em Milão, Itália, no primeiro semestre de 2023. Em setembro, fará uma individual na galeria Nonada, no Rio de Janeiro, e, em novembro, outra na Galeria Graça Brandão, em Lisboa, Portugal.

Miguel Afa

EFRAIN ALMEIDA – DOMINGO, DIA 17/09, DAS 16H ÀS 19H

Em pequenas esculturas, aquarelas de dimensões reduzidas e eventuais carimbos e desenhos, Efrain Almeida combina elementos da cultura popular nordestina com aspectos autobiográficos de modo lírico. Sua obra se utiliza das técnicas e linguagens dos entalhadores sertanejos, dos santeiros do catolicismo popular, em referência à sua infância em Boa Viagem, no interior do Ceará, antes de sua vinda ao Rio de Janeiro, em 1976. Muitos tipos de pássaros compõem seu bestiário de esculturas. Suas exposições individuais mais recentes foram no Museu de Arte Sacra de São Paulo, no MCO Arte Contemporânea (Porto, Portugal) e na James Harris Gallery, em Seattle, nos EUA. Suas obras estão em importantes coleções públicas, incluindo o MoMA – Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos; a Pinacoteca do Estado de São Paulo; o Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, Espanha; a Fundação ARCO, Madrid, Espanha; o Instituto Inhotim, em Minas Gerais; o Museu de Arte Contemporânea de Niterói; e o Museu de Arte Moderna (de São Paulo e do Rio de Janeiro).

Efrain Almeida

 

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